domingo, 26 de julho de 2009

As agulhadas

Imagine alguém que tinha medo, pavor, aversão á agulhas.
Agora imaginem que este alguém hoje precisa aplicar injeções duas vezes por dia, e também furar o dedo diariamente, três, quatro vezes, mas já chegou a furar dez vezes num único dia.
Imaginem que esta pessoa sou eu, ou melhor, era eu, que tinha pavor de agulha, e hoje, por ironia do destino, precisa se utilizar dela todos os dias.
Mas é incrível como temos a capacidade de se adaptar ás coisas da vida, não é mesmo? Não digo que não dói um pouquinho aplicar as injeções e furar o dedo, mas já se tornou algo tão comum na minha rotinha, que pra mim já não gostaria mais de viver sem isto, ao não ser é claro, que por algum milagre eu me visse livre da doença, mas hoje vejo o quanto é bom eu poder furar meu dedo todos os dias, e ver que estou no controle (ou quase...), e aplicar a insulina, sabendo que estou fazendo a coisa certa; me cuidando.

Aprendi a conviver com as agulhadas contínuas, e acho até que a dor causada por elas é algo tão suportável, que chega a ser irrelevante, e pelos benefícios que elas nos trazem, realmente vale apena não abrir mão de tantas furadas no dedo, nos braços, nas pernas, pra poder enfim viver uma vida normal. Incomum, mas normal.

Decidi que as agulhas farão parte da minha vida, e aprendi a gostar delas, afinal, odiá-las só me faria mal, e não ajudaria em nada, me traria apenas problemas, e eu não quero problemas, quero soluções.

7 comentários:

Luigi disse...

Opa!!
Legal o blog, tenho lido sempre ultimamente...desde que descobri recentemente que sou portador de diabetes.
Então, pelo que vi tu tb usa a NPH...
queria saber quantas unidades vc usa por dia e onde vc aplica? vc faz o revezamento dos locais de aplicação? Tenho aplicado no abdomen e faz 1 semana que estou com um hematoma dolorido de uma aplicação meio falhosa que dei hehehe
outra coisa, sobre a alimentação, tu faz a contagem de carboidratos? vi nos posts que tu come uns doces de vez em quando...
ainda estou me adptando ao novo estilo de vida... ainda não consegui achar um médico e uma nutricionista que eu gostasse...daí isso tá foda.
mas vamos levando como dá
no mais, é isso velho, nos falamos aí
abração e saúde!

Anderson Gonçalves disse...

Olá amigo, fico contente com sua visita, que bom que que vem sempre.

Eu aplico a NPH, 30U de manhã (8 horas) e 20 á noite (20 horas).

Dores musculares é algo extremamente normal, principalmente se não aplicamos direito, rsrs, e assim como você, eu também costumo fazer umas aplicações que pelo amor de Deus, tem vezes que fica a semana ineira doendo, eu realmente não peguei o jeito da coisa ainda. Também não faz muito tempo que eu me descobri diabético (menos de 5 mêses). Eu faço revezamento entre os braços (no músculo) e de vez em quando faço o revezamento nas pernas (virília), mas na barriga ainda não aplquei, sou muito magro, e acho que seria muito incômodo. O ideal seria revezar o máximo de vezes pra evitar as dores.

Eu não faço bem uma contagem, com caderninho e tudo, mas tenho mais ou menos uma idea dos carboidratos que ingiro, e quando quero comer doce, eu substituo o salgado (geralmente pão integral ou francês, coisa do tipo) Geralmente, 50 gramas de pão francês (uma unidade) acaba tendo o mesmo efeito sobre minha glicemia que uma fatia de bolo, de iguais 50 gramas. Então não vejo muita diferença em trocar um pelo outro.

Mas no começo foi muito difícil pra mim, levei tempo pra me adaptar, e a família ficava no pé com relação aos doces. Mas hoje eles entenderam que mesmo comendo o que gosto, consigo manter minha glicemia na meta, pelo menos na maioria das vezes.

Valeu pelo comentário amigo, volte mais vezes, sua presença é muito importante!
Abração!

Luciana Oncken disse...

Anderson, olha lá o mico no meu twitter. Pós-café: 202! Uma vergonha! O negócio é controlar nas próximas refeições. Beijos.

Anderson Gonçalves disse...

Sério? BOm, mas ainda não é tão vergonhoso quanto um jejum de 221, rsrs, mas em qualquer horário, jejum ou não, acima de 200 é péssimo.

Mas nada como um dia após o outro, né. Se ontem meu jejum foi esse absurdo, hoje foi 46, uma hipo, dá nem pra acreditar, e meu pós café foi excelente, 72, e eu apliquei a insulina com o maior atraso, já era meio dia quando fui aplicar, mas memso assim não subiu a glicemia.

Abração!

SHEILA disse...

Por enquanto, Anderson, estamos longe de dizer que: "É o fim da picada!!!" Depois de tanto tempo...a picada é quase automática. Já furei o dedo, coloquei a gota de sangue na tira e fiquei fazendo outra coisa e...perdi o tempo do resultado. Parece coisa de maluco...mas acontece. E tomar a insulina e depois ficar na dúvida. Ficar procurando uma parte do corpo sangrando para confirmar...coisa de doido!!! Mas é assim mesmo. Beijos!!!

Anderson Gonçalves disse...

Rsrrs... É mesmo! Isso acontece com frequência, tem dias que fico aguniado tentado lembrar se já apliquei a insulina, e eu penso, como eu posso esquecer uma coisa dessas, quem ficaria na dúvida se já aplicou uma injeção no dia ou não? Só um diabético mesmo! É que ficamos tão acostumados com isso...

Bjs,
fica na paz!

Anônimo disse...

Boa noite, Anderson!
Gostei muito do seu site e também do seu jeito de falar.
Descobri que sou diabética e minha vida mudou muito. Sempre tive medo de agulhas também, mas já estou quase acostumada em aplicar insulina.
As vezes como doce e aplico uma grande quantidade de insulina! Não aprendi como lidar com isso ainda.

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